terça-feira, 21 de agosto de 2012

domingo, 12 de agosto de 2012

Parabéns Papai


Agradecimento de Filhos no Dia dos Pais

feliz dia dos pais 6 Agradecimento de Filhos no Dia dos Pais
Agradecimento de Filhos no Dia dos Pais
Obrigado,
pai Pela vida!
Pela coberta que me aquece
Pelo teto que me abriga
Por tua presença amiga
Obrigado,
pai elos doces
Pelos presentes,
Pelos passeios na praça
Obrigado, pai pelo suor na fronte
E pelos braços cansados
No final da jornada
Para que nada me faltasse
Obrigado, pai Pelas noites em claro
Quando o dinheiro não deu
E mesmo assim,
Nunca nos abandonaste
Porque me castigaste
Quando eu estava errado
E por tentar me mostrar
O caminho da verdade
Obrigado, pai Por tantas vezes que abdicaste
Teus sonhos para realizar os meus
E abriste mão das tuas vontades
Para realizar meus caprichos.
Obrigado, pai Porque tu existes!
Porque és meu pai,
E porque toda tarde,
voltas pra casa.
Feliz Dia dos Pais!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

o grande autor de livros infantis


                                MONTEIRO LOBATO


Biografia, obras e estilo literário
Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô.  Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis. Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos. Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras. No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.

Trecho: I Narizinho

Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
-Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto…
Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas – Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos.
Nas casa ainda existem duas pessoas – tia Nastácia, negra de estimação que carregou Lúcia em pequena, e Emília, uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia, com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa. Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a ter ao lado, nem se deita sem primeiro acomodá-la numa redinha entre dois pés de cadeira.
Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos fundos do pomar. Suas águas, muito apressadinhas e mexeriqueiras, correm por entre pedras negras de limo, que Lúcia chama as “tias Nastácias do rio”.
Todas as tardes Lúcia toma a boneca e vai passear à beira d’água, onde se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos lambaris.
Não há peixe do rio que a não conheça; assim que ela aparece, todos acodem numa grande faminteza. Os mais miúdos chegam pertinho; os graúdos parece que desconfiam da boneca, pois ficam ressabiados, a espiar.

sexta-feira, 6 de julho de 2012


Tem Gente...
Tem gente que tem cheiro
de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas,
a gente se sente no balanço
de uma rede que dança gostoso
numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra escolher.
Ao lado delas,
a gente se sente chegando em casa
trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo
com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas,
pode ser abril, mas parece manhã de Natal
tempo em que a gente acordava encontrava o presente do Papai Noel.
Ao lado delas,
a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas,
a gente percebe
que a sensualidade é um perfume que vem de dentro
que a atração que realmente nos move
não passa só pelo corpo.
corre entre as veias Pulsa em outro lugar

Da aluna da prof. Leacide, Karoliny Carmo

domingo, 24 de junho de 2012

você sabe quais são os dez livros mais lidos no mundo

Enem



É possível fazer o acompanhamento de inscrição do ENEM 2012 a qualquer momento, para isto, basta acessar o site http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao/ e clicar em “Acompanhe sua inscrição”.
As provas do ENEM 2012 serão aplicadas nos dias 03 e 04 de novembro, em todos os estados do país, a partir das 13 horas (de Brasília). O primeiro dia (sábado) terá duração de 04 horas e meia, já o segundo (domingo) contará com uma hora a mais no prazo. No dia 03 serão aplicadas as provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. No dia 04 será a vez de Matemática e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, além da redação.
A previsão é de que o gabarito oficial seja divulgado no dia 07 de novembro e que o resultado final saia a partir de 28 de dezembro.
Continue se preparando e boa sorte!

seja bem vindo em varias idiomas

Inglês - Welcome
Espanhol - Bienvenido
Italiano - Benvenuto
Francês - Bienvenue
Alemão - Willkommen
Japonês - 歓迎
Russo - приветствовать
Árabe - الترحيب
Chinês - 歡迎
português- bem vindo 

sábado, 23 de junho de 2012

artes

SÉCULO XIX NO BRASIL(II): A MODERNIZAÇÃO DA ARTE

por Fabio Aquino - Artes, terça, 28 de Fevereiro de 2012 às 15:38 ·
Em meados do século XIX o Brasil passou por um período de crescimento econômico, estabilidade social e incentivo às letras, ciência e arte por parte do imperador dom Pedro II. A arte, entretanto, ainda refletia a influência da escola conservadora européia.


A PINTURA ACADÊMICA NO BRASIL:


Desse período destacam-se, na pintura, as obras dos brasileiros Pedro Américo, Vítor Meireles e Almeida Júnior, que estudaram na Academia Imperial de Belas-Artes.

O paraibano Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1950) foi para o Rio de Janeiro em 1854 e frequentou a Academia. De 1859 a 1864 estudou na Escola de Belas-Artes de Paris. Pintou temas bíblicos e históricos, retratos, alegorias e figuras humanas. De sua obra destacam-se a Rabequista árabe e a Independência ou Morte. Pedro Américo foi à Europa na época em que começavam as primeiras manifestações impressionistas, mas se manteve fiel à Academia: sua pintura refletia a tradição da pintura de idealizar a realidade, dando-lhe formas belas. Curiosamente, como era um excelente desenhista, fez também caricaturas, criação que depende bastante da capacidade de observação do artista. Nelas exagera-se com intenção de humor alguma característica do retratado. Seu prestígio nesse campo lhe permitiu participar, em 1870 e 1871, de uma revista de caricaturas chamada A Comédia Social.



Rabequista árabe, de Pedro Américo. Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro. Veja abaixo:



  1. Representação detalhista da tapeçaria ao fundo;
  2. Note também a expressão da jovem, que parece olhar atentamente para alguem que não vemos (quem será?);
  3. Observe como o artista representou bem os tecidos: as dobras da túnica;
  4. Note como as mãos da rabequista são expressivas e parecem extrair um belo som de seu instrumento (rabeca);
  5. Rabeca: instrumento musical tocado com arco, em geral de fabricação rústica, é usado em musica folclórica e popular. Seu nome foi usado por muito tempo para o que hoje chamamos de violino.


Independência ou morte (1888), de Pedro Américo. Dimensões: 7,60 m x 4,15 m. Museu Paulista . São Paulo. Também conhecida como "O Grito do Ipiranga" .Todo o quadro transmite uma forte impressão de movimento. Veja abaixo:



  1. D. Pedro I proclamando a Independência do Brasil;
  2. Acompanhantes de D. Pedro I;
  3. A direita e a frente do grupo principal, num grande semicírculo estão os cavaleiros da comitiva;
  4. À esquerda, em contraponto aos cavaleiros, vê-se um carro de boi guiado por um homem do campo que observa a cena.



Capa da revista A Comédia Social (1871), com caricatura feita por Pedro Américo. A imagem representa José de Alencar (à esquerda) e o diplomata Visconde do Rio Branco (à direita). Os dois estão com uma das mãos em vespeiro; isso significa que na época eles se envolveram em algum assunto delicado para o cenário político do nosso país.






O catarinense Vítor Meireles de Lima (1832-1903) foi ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde se matriculou na Academia. Visitou a França e Itália e conheceu melhor o trabalho dos pintores desses países. Em Paris produziu sua obra mais famosa. A primeira missa no Brasil, exibida com grande sucesso no salão de Paris em 1861.







A primeira missa no Brasil (1860), de Vitor Meireles. Dimensões: 2,68m x 3,56m Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro. Esta obra baseia-se no relato de Pero Vaz de Caminha, imcumbido pela corte portuguesa de escrever sobre a viagem de Pedro Alvares Cabral. Assim, algumas cenas deste relato








José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899), por vezes considerado o mais brasileiro dos pintores do século XIX, nasceu no interior de São Paulo. Em 1869 começou a freqüentar a Academia, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Vítor Meireles. Viveu em Paris entre 1876 e 1882. De volta ao Brasil, fez uma exposição no Rio de Janeiro e retornou a sua cidade natal, Itu, onde produziu obras que ficaram famosas, como Saudades .









Saudade (1899), de Almeida Junior. Dimensões: 1,97m x 1, 01m. Pinacoteca de São Paulo. Perceba que neste quadro há elementos que representam a simplicidade das pessoas da casa (o chapei pendurado próximo a janela; as vestes da mulher; paredes e pisos; entre outros). Ao observar os gestos da moça que segura um papel em uma das mãos - quem sabe uma carta - que lê atentamente; com a outra mão cobre parcialmente seu rosto com um xale. A expressão de seu rosto transmite uma tristeza que justifica o título do quadro. Perceba o efeito de luz e sombra na tela: toda a claridade da cena parece vir da janela da qual a moça está prõxima.


O ACADEMICISMO É SUPERADO:



Os artistas que freqüentaram a Academia seguiram os padrões trazidos pela Missão Artística Francesa : a beleza perfeita é um conceito ideal; portanto, não existe na natureza. Assim, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar criar a beleza ideal por meio da imitação dos clássicos, notadamente dos gregos, que mais se aproximam da perfeição criadora. Como, porém, as pinturas originais gregas não foram preservadas, a referência de perfeição artística é encontrada nas pinturas renascentistas, principalmente de Rafael. Os artistas da Academia seguiam, então, rígidos princípios para o desenho, o uso das cores e a escolha dos temas-mitológicos, religiosos e históricos.

Entretanto, os artistas brasileiros da segunda metade do século XIX começaram a seguir novas direções. Essa tendência se acertou no final do século, com a influência dos artistas que foram à Europa e conheceram o impressionismo e o pontilhismo . Tal mudança já aparece em algumas obras de Belmiro de Almeida e Benedito Calixto, mas pode ser vista mais claramente no trabalho de Eliseu Visconti.







O mineiro Belmiro Barbosa de Almeida (1858 - 1935) foi aluno da Academia. Mais tarde estudou na Europa influenciado-se pelos pintores franceses. No quadro Efeitos do sol percebe-se esta influência.








Efeitos do sol (1892), de belmiro de Almeida. Dimensões: 100 cm x 65 cm. Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Perceba que nesta tela não é possível perceber com tanta nitidez a paizagem e a moça que caminha, pois toda a cena está inundada com a luz do sol. Assim, o artísta, consguiu criar efêitos de luminosidade como anuncia o título da obra. Esta obra reproduz uma cena ao ar livre, com efeitos de luz natural, característica infuenciada pelo impressionismo.






Benedito Calixto (1853 - 1927) nasceu no litoral de São Paulo. Provavelmente iniciou seus estudos artísticos como autodidata. Em 1853 viajou para París, onde estudou desenho e pintura. No ano seguinte, voltou ao Brasil e foi morar no litoral. Suas obras retratam paisagens litorâneas - as cidades de Santos e São Vicente - e urbanas - a cidade de São Paulo). Pintou também retratos e temas históricos e religiosos.






Inundação da Várzea do Carmo (1892), de Benedito Calixto. Dimensões: 1,25 m x 4 m. Museu Paulista de São Paulo.


O IMPRESSIONISMO CHEGA AO BRASIL:

São as obras de Eliseu D’Angelo Visconti (1866-1944) que abrem definitivamente o caminho da modernidade à arte brasileira. Pintor, decorador e desenhista, ele não se preocupa mais em seguir os renascentistas italianos; busca, isto sim, registrar os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos que retrata em suas telas.

Nascido na Itália, Visconti veio para o Brasil com menos de 1 ano de idade. Em 1892 foi à Europa, onde frequentou a Escola de Belas Artes de Paris e o curso de arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou para o Brasil em 1900 e passou a realizar diversos trabalhos: ensinou pintura histórica na Escola Nacional de Belas Artes, criou imagens para selos postais e pintou o pano de boca do Teatro Municipal do Rio de Janeiro .



O Pano de Boca do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, pintado por Visconti em 1908. Pintura a óleo sobre pela de 224 metros quadrados é uma das cinco maiores telas do mundo em tamanho. O tema desta obra é cheia de imagens históricas e simbólicas, contendo personalidades brasileiras da época (Carlos Gomes, D. Pedro II, Pedro Américo e Castro Alves), além de artistas consagrados de todos os tempos ( Shakespeare, Beethoven e Rembrandt), como também personalidades clássicas (Homero e Péricles - figuras que simbolizam a poesia, a arte, a verdade e a ciência). Esta obra segue uma tendência realista, mas com uma influência do impressionismo em algumas áreas de composição (imagens que estão mais ao fundo e mais distantes do primeiro plano).


A ARQUITETURA REFLETE A RIQUEZA:


No final do século XIX e início do século XX a arquitetura brasileira passou por mudanças e seguiu principalmente duas tendências europeias: o Ecletismo e o Art Noveau (Arte Nova). O Ecletismo reunia estilos do passado, principalmente os de finalidade decorativa. Assim, alguns arquitetos mesclavam, num mesmo edifício, elementos greco-romanos, góticos, renascentistas e mouriscos. As casas dos mais ricos passaram a ser ornamentadas com relevos de estuque , platibanda (espécie de mureta que circunda o alto de um edifício e esconde o telhado), grandes vidraças e ferragens importadas da França e da Bélgica. As cidades do norte do país (Belém, Manaus), enriquecidas com a borracha, desenvolveram uma arquitetura requintada e de acordo com as concepções ecléticas.



Ver-o-Peso, mercado de Belém do Pará. Situado na região portuária da cidade, foi criado em 1688, tendo passado por modificações ao longo do tempo. No final do século XIX, essas mudanças se acentuaram porque teve início o comércio da borracha na Amazônia para atender às necessidades da industria de pneus para automóveis, que começavam a ser fabricados na América do Norte e na Europa. A riqueza gerada promoveu novas mudanças na região do mercado, sendo edificado um novo mercado feito de ferro trazido da Inglaterra e construções conforme o estilo eclético.



Teatro Amazônas. Inaugurado em 1896, construído com estruturas metálicas, mármores e cristais importados.




Interior do Teatro Amazônas. Grande parte de sua decoração foi feita por um artista brasileiro: Crispim do Amaral (1858 - 1911).


O ART NOVEAU:


Art Noveau , "arte nova" em francês), foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento arts & crafts e que teve grande destaque durante a Belle époque , nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Relaciona-se especialmente com a Revolução Industrial em curso na Europa com a exploração de novos materiais (como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida que teve grande influência nos cartazes. Devido à forte presença do estilo naquele período, este também recebeu o apelido de modern style (do inglês, estilo moderno).

No Brasil, teve fundamental participação na divulgação e realização da art nouveau o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo . Um dos maiores nomes desse estilo, no Brasil, é o artista Eliseu Visconti, pioneiro do design no País.

Em São Paulo existe um exemplo significativo da arquitetura art nouveau: A Vila Penteado . Essa construção, que em 1948 passou a abrigar a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, foi projetado pelo arquiteto sueco Carlos Ekman para a residência do Conde Alvares Penteado.



Vila Penteado. Construido em 1902, o prédio tem sua parte externa bastante sóbria, pouco decorada. O interior da antiga residência porém, possui revestimentos de madeira e inúmeros detalhes decorativos que evidenciam os traços da arquitetura art nouveau, como o desenho das portas e os frisos das paredes.





Eliseu d'Angelo Visconti (Giffoni Valle Piana, 30 de julho de 1866 — Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1944) foi um pintor, desenhista e designer ítalo-brasileiro ativo entre os séculos XIX e XX. É considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do período. Nascido na região italiana da Campânia, emigrou com a família para o Brasil entre 1873 e 1875. A família instalou-se no Rio de Janeiro, onde estudou no Liceu de Artes e Ofícios (1883) e na Academia Imperial de Belas Artes (1885). Foi discípulo de Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo, Henrique Bernardelli, José Maria de Medeiros e Victor Meirelles.





Roupa estendida de Eliseu Visconti. Dimensões: 67 cm x 82 cm. Coleção Agnaldo de Oliveira. Características impressionistas representados pelos efeitos de luz natural.



A FOTOGRAFIA CHEGA AO BRASIL:


A criação do daguerreótipo , em 1839, é considerada o ponto de partida da fotografia. Acredita-se que esse invento tenha chegado ao Brasil em 1840.



O daguerreótipo é um processo fotográfico feito sem uma imagem negativa.


Inicialmente, a produção de imagens por meio de uma máquina era muito cara: apenas os muitos ricos encomendavam seus retratos, assim como os nobres contratavam pintores para fazer seus retratos. Nas décadas de 1850 e 1860, com o aperfeiçoamento técnico, esse tipo de reprodução tornou-se acessível a um maior número de pessoas. No Brasil, o passo seguinte foi o documentário fotográfico, isto é, o registro fotográfico de ruas e regiões das cidades brasileiras. Nesse campo, destacam-se Marc Ferrez (1804-1879) e Militão de Azevedo (1837-1905).





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Marc Ferrez
















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Militão de Azevedo






Praia de Copacabana (1895), de Marc Ferrez. Coleção Gilberto Ferrez. Retrata toda simplicidade da praia de Copacabana de 1895, no Rio de Janeiro, através dos barcos de pesca e do chapelão do homem abaixo e a direita.



Rua são Bento (1862), de Militão. Coleção de Beatriz e Mário Pimenta Camargo. São Paulo. Perceba que esta fotografia nos permite conhecer não apenas a paisagem da época, mas também os costumes, as roupas, a arquitetura e os cavalos como meios de transporte.







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A fotografia brasileira desenvolveu-se muito na passagem para o século XX e esteve presente em exposições internacionais. Exemplo disso é o trabalho de Valério Vieira (1862-1941) em sua obra Os trinta Valérios.






Os trinta Valérios (1890), foto montagem de Valério Vieira. Arquivo de Maria Luisa Vieira. Observe que, nesta fotomontagem aparecem trinta personagens numa sala, sendo que todas elas, porém, têm o rosto do próprio fotografo.


Em 1908, Valério ganhou o primeiro prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro com uma foto de doze metros de extensão chamada Panorama da cidade de São Paulo.



Parte do panorama da cidade de São Paulo, feito por Valério Vieira, em 1922.


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